A Casa Branca abriu na terça-feira (19) um perfil oficial no TikTok, plataforma que continua formalmente proibida para dispositivos do governo federal norte-americano. Os primeiros vídeos divulgados mostram o presidente Donald Trump e membros de sua equipe em cenas que buscam retratá-los como líderes ousados e perspicazes.
Nos clipes, editados em ritmo acelerado, Trump aparece recusando ligações de parlamentares e ameaçando processar adversários durante uma coletiva de imprensa. Outro vídeo apresenta a secretária de Imprensa, Karoline Leavitt, contestando um repórter do The New York Times após uma pergunta.
A decisão de usar o aplicativo contrasta com diretrizes vigentes que impedem servidores federais de instalar o TikTok em aparelhos oficiais. Mesmo assim, a plataforma continua sendo vista por políticos e órgãos públicos como canal estratégico para alcançar eleitores.
O próprio Trump liderou, em 2020, a iniciativa de banir o TikTok nos Estados Unidos sob o argumento de que o Partido Comunista Chinês poderia acessar dados de usuários norte-americanos. Em 2024, a Suprema Corte manteve uma lei que determina a suspensão do aplicativo caso ele não seja vendido a uma empresa dos EUA, mas o presidente vem prorrogando sucessivamente o prazo para a negociação.
Até a manhã de quarta-feira (20), a conta da Casa Branca havia publicado cinco vídeos, todos alvo de grande volume de comentários negativos, muitos fazendo alusão à convivência do presidente com o financista Jeffrey Epstein, condenado por crimes sexuais e morto enquanto aguardava julgamento.
A plataforma foi procurada pelo site TechCrunch para comentar o caso.
Com informações de TechCrunch