Um trio de ex-profissionais de tecnologia — Reni Cao, Xiao Zhang e Susan Rosenthal — criou o Dex, um aparelho que parece uma lupa futurista e usa inteligência artificial para ajudar crianças de 3 a 8 anos a aprender novos idiomas longe das telas tradicionais. O lançamento já atraiu US$ 4,8 milhões em aportes de fundos como ClayVC, EmbeddingVC, Parable e UpscaleX, além de investidores-anjos como o fundador do Pinterest, Ben Silbermann.
O Dex traz câmera de um lado e tela sensível ao toque do outro. Ao fotografar um objeto, o sistema reconhece a imagem e exibe o termo correspondente no idioma escolhido. O catálogo inclui chinês, francês, alemão, hindi, italiano, japonês, coreano e espanhol, além de 34 dialetos, entre eles árabe egípcio, mandarim taiwanês e espanhol mexicano.
Além do reconhecimento de objetos, a biblioteca do dispositivo oferece histórias interativas que convidam a criança a falar com os personagens na língua em estudo. Há ainda jogos e, em desenvolvimento, um chatbot para perguntas e conversas livres, já testado por alguns usuários.
Segundo Cao, a segurança é prioridade: um agente de proteção analisa diálogos em tempo real e bloqueia termos sensíveis ligados a sexualidade, religião ou política. Os pais poderão customizar listas de palavras proibidas, como “armas” ou “cigarros”. O vocabulário usado foi treinado com padrões de enciclopédias infantis, e o produto mantém política de retenção zero de dados, não armazenando imagens capturadas.
Os responsáveis têm acesso a um aplicativo que mostra palavras aprendidas, histórias lidas e dias consecutivos de uso. A startup busca também a certificação COPPA, que garante conformidade com a lei norte-americana de proteção à privacidade de menores.
Com preço de US$ 250, o Dex é apresentado pelos criadores como alternativa mais econômica a tutores — que podem cobrar até US$ 80 por hora — ou escolas de imersão, cujo custo chega a milhares de dólares. A empresa afirma que centenas de famílias já compraram a novidade.
Com informações de TechCrunch