Washington, 27 de agosto de 2025 (quarta-feira) — O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos impôs novas sanções a uma rede internacional acusada de ajudar a Coreia do Norte a infiltrar falsos trabalhadores de tecnologia em empresas norte-americanas.
Segundo a pasta, o esquema permitia que hackers norte-coreanos se apresentassem como candidatos legítimos, utilizassem identidades falsificadas e, uma vez contratados, recebessem salários, furtassem dados sensíveis e extorquissem as companhias por meio de pedidos de resgate.
US$ 1 milhão em lucro para Pyongyang
As autoridades norte-americanas estimam que a operação gerou pelo menos US$ 1 milhão em proveitos diretos para o regime de Pyongyang, valor que se soma a bilhões de dólares já obtidos por meio de outras fraudes, inclusive em criptomoedas, para financiar o programa nuclear proibido do país.
Alvos das novas sanções
Entre os sancionados está o cidadão russo Vitaliy Sergeyevich Andreyev, acusado de intermediar pagamentos à empresa Chinyong. Esse conglomerado, alvo de sanção desde 2024, mantém equipes de trabalhadores de TI fraudulentos na Rússia e no Laos.
O Tesouro também responsabiliza o diplomata norte-coreano Kim Ung Sun, lotado no consulado do país em território russo, por ajudar a lavar cerca de US$ 600 mil em criptomoedas.
Além disso, foram incluídas na lista de punições a companhia chinesa Shenyang Geumpungri, suspeita de empregar profissionais de TI em nome de Pyongyang, e a norte-coreana Sinjin, identificada como fachada para as mesmas atividades.
Impacto para empresas
Com as sanções, qualquer empresa norte-americana — ou parceira de negócios de firmas sediadas nos Estados Unidos — está proibida de manter transações com os nomes listados. Na prática, a medida transfere às áreas de recursos humanos a responsabilidade de verificar se candidatos são norte-coreanos ou indivíduos sancionados.
Esquema em expansão
Pesquisadores de segurança, como a CrowdStrike, alertam desde 2023 que hackers da Coreia do Norte já conseguiram postos em centenas de companhias nos Estados Unidos usando documentação forjada e táticas de engano.
O Tesouro afirmou que continuará monitorando e punindo facilitadores internacionais que contribuam para o financiamento das operações cibernéticas de Pyongyang.
Com informações de TechCrunch