Advogados da OpenAI solicitaram a um tribunal dos Estados Unidos, na quinta-feira (21), que obrigue a Meta a apresentar documentos que possam confirmar qualquer coordenação com Elon Musk e sua empresa xAI na tentativa de aquisição da criadora do ChatGPT por US$ 97 bilhões, anunciada em fevereiro.
No pedido, tornado público no processo movido por Musk contra a OpenAI, os representantes da startup afirmam ter intimado a Meta em junho para obter registros que indiquem participação da empresa de Mark Zuckerberg na oferta não solicitada. Ainda não se sabe se esse material existe.
Segundo a petição, os advogados da OpenAI descobriram que Musk manteve conversas com Zuckerberg sobre a proposta da xAI, incluindo possíveis arranjos de financiamento ou investimentos.
A Meta contestou a intimação original em julho. Agora, a OpenAI busca uma ordem judicial para acessar não apenas eventuais comunicações sobre a oferta, mas também documentos relacionados a “qualquer reestruturação ou recapitalização” da própria OpenAI — ponto central da ação movida por Musk.
Enquanto a disputa judicial avança, a Meta reforça seus investimentos em modelos avançados de inteligência artificial. A companhia contratou vários pesquisadores de destaque da OpenAI, entre eles o cocriador do ChatGPT, Shengjia Zhao, hoje responsável pelo recém-criado Meta Superintelligence Labs. A empresa também destinou US$ 14 bilhões à Scale AI e, segundo relatos, sondou outros laboratórios para possíveis aquisições.
No tribunal, os advogados da Meta defendem que o pedido da OpenAI seja rejeitado, argumentando que Musk e a xAI podem fornecer qualquer informação relevante. A firma também sustenta que discussões internas sobre a estrutura societária da OpenAI não dizem respeito ao processo.
O caso segue em andamento e pode ter novos desdobramentos.
Com informações de TechCrunch