Documentos judiciais revelados recentemente apontam que a Tesla rejeitou, em maio, uma proposta de acordo no valor de US$ 60 milhões relacionada a um processo sobre um acidente fatal ocorrido em 2019 envolvendo o sistema Autopilot. Meses depois, um júri federal em Miami condenou a montadora a pagar US$ 242,5 milhões.
O pedido para que a Tesla arque com os honorários advocatícios dos autores do processo trouxe à tona a oferta de conciliação, que havia sido mantida sob sigilo. A companhia optou por seguir com o litígio.
Em agosto de 2025, o júri da Corte Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul da Flórida concluiu que a Tesla tem responsabilidade parcial pelo acidente envolvendo um Model S que, com o Autopilot ativado, atravessou um cruzamento e colidiu com um Chevrolet Tahoe. O impacto atingiu Neima Benavides Leon e seu namorado, Dillon Angulo, que estavam parados no acostamento; Leon morreu e Angulo ficou gravemente ferido.
Na decisão, o júri atribuiu dois terços da culpa ao condutor do Tesla — que responde em processo separado — e um terço à montadora, resultando na indenização de US$ 242,5 milhões.
Em nota encaminhada no início do mês, a Tesla afirmou que irá recorrer, alegando “erros substanciais de direito e irregularidades” no julgamento. A empresa, que extinguiu seu departamento de comunicação há alguns anos, não comentou os novos documentos; um escritório de relações públicas externo direcionou as solicitações de imprensa ao endereço oficial da companhia.
O caso está registrado sob o número 1:21-cv-21940-BB.
Com informações de TechCrunch